16 de mar. de 2014

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
Subsídio Teológico
Leitura Bíblica: 1 Co 12.1, 4-11, 28; Ro 12.6-8.
INTRODUÇÃO
Uma das formas de operação do Espírito Santo, na atual dispensação, é através da concessão de dons aos servos do Senhor. Os dons espirituais são dádivas, poderes que o Espírito Santo concede a alguns crentes, a fim de que seja evidenciada, no meio do povo de Deus, a presença do Senhor e seja confirmada a pregação do Evangelho(Mc.16:20), ele próprio poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê (Rm.1:16). Não podem ser considerados indicativos de santidade, pois são concedidos não por mérito, mas dados “a casa um para o que for útil”(1 Co 12:7, de acordo com a vontade do Espírito Santo.Mas, somente possui dons espirituais aqueles que forem, antes, revestidos de poder. Este princípio bíblico, nem sempre ensinado pelos estudiosos da Bíblia Sagrada, decorre do próprio teor das Escrituras. Não vemos os discípulos exercerem os dons espirituais antes de serem revestidos de poder. Na nossa atual dispensação, é necessário que o Espírito Santo reparta os dons espirituais conforme a Sua vontade entre os crentes, mas somente aqueles crentes que já estiverem envolvidos pelo Espírito, a quem se transmitiu poder, transmissão esta que é feita única e exclusivamente por força do batismo com o Espírito Santo. Todos os crentes que são mencionados como portadores de dons espirituais no livro de Atos dos Apóstolos, são crentes que foram, antes do exercício destes dons, revestidos de poder, batizados com o Espírito Santo. É o que vemos na vida de Pedro, Paulo, Filipe e Estêvão, para ficarmos nos principais exemplos.
No avivamento da rua Azusa, não só houve o revestimento do poder, como o Senhor também concedeu dons a diversos crentes, como tem feito desde então. Preocupante, porém, tem sido a negligência da esmagadora maioria dos crentes pentecostais na atualidade na busca destes dons, uma necessidade premente na Igreja, notadamente quando se aproxima o dia da volta de Cristo, o que faz com que vivamos dias trabalhosos, de aumento da iniqüidade e, portanto, de grande opressão maligna, situação que exige de cada um de nós a obtenção do máximo de poder de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
I - CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Muitos são os que acham que os portadores de dons espirituais são crentes superiores aos demais, que têm um nível maior de espiritualidade e que, em razão disto, desfrutam de uma posição diferenciada no meio da comunidade. Este pensamento, inclusive, tem feito com que muitos crentes andem à procura destes irmãos a fim de que obtenham curas divinas, maravilhas, sinais ou profecias, num comportamento totalmente contrário ao que determina a Palavra de Deus, que ensina que os sinais seguem os crentes e não os crentes correm atrás de sinais (Mc.16:17,20).
Os dons espirituais são chamados, no original grego, de "charismata", palavra que significa "graças", ou seja, os dons espirituais são dádivas, são favores imerecidos que Deus concede aos homens que estão dispostos a servi-lO e que, por obediência, já alcançaram o batismo com o Espírito Santo. A verificação do significado da palavra "charismata" é muito importante, pois demonstra, de forma cabal, que os dons espirituais são concessões divinas, decorrem do exercício da Sua infinita misericórdia, não havendo, portanto, qualquer merecimento, qualquer mérito por parte daqueles que são aquinhoados pelo Espírito Santo com um dom espiritual. O dom espiritual é concedido não porque alguém seja mais espiritual ou melhor do que outro, mas em virtude da soberana vontade do Senhor. Quem o diz não somos nós, mas a própria Palavra de Deus: "Mas um só mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer." (I Co.12:11).
Os Dons espirituais não se confundem com os Dons Ministeriais - A distinção está na própria forma pela qual as Escrituras mencionam e tratam cada uma destas figuras. Enquanto que os dons espirituais são mencionados como sendo repartidos particularmente pelo Espírito Santo, segundo a Sua vontade, para a edificação espiritual dos crentes, para utilidade dos crentes (I Co.12:4-11), os dons ministeriais são tratados como dádivas vindas da parte de Jesus, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação da igreja (Ef.4:11,12). Não se trata de operações episódicas, de demonstrações esporádicas e temporalmente limitadas, com vistas a um consolo, uma exortação, o suprimento de uma necessidade ou uma instantânea manifestação do poder de Deus para a igreja e, mesmo, para os não salvos, mas de uma atividade contínua, no meio do povo de Deus, para que a igreja cumpra com suas tarefas neste mundo, quais sejam, a evangelização e o aperfeiçoamento dos salvos, ou seja, os dons ministeriais são dádivas que são concedidas à igreja pelo seu máximo governante, pela sua cabeça que, como comandante-chefe da Igreja, escolhe, dentre os Seus servos, aqueles que devem coordenar, dirigir e orientar o povo de Deus. Através dos dons ministeriais, Cristo concede à Igreja homens que, diuturnamente, estarão servindo ao corpo de Cristo, que serão, eles mesmos, verdadeiros dons para a igreja.
II - EXPLANAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
1. Dons espirituais de manifestação do Espírito - No meio pentecostal, principalmente entrre os evangélicos da Assembléia de Deus, que ainda acreditam na operação dos dons espirituais, é dito que os dons espirituais são nove, dizer este que se baseia na lista mais completa de dons espirituais que se encontra no Novo Testamento, que se encontra em I Co.12:8-10. Entretanto, além desta relação, que é a mais conhecida e a mais pormenorizada, temos, também, a relação constante de Rm.12:6-8, que não é uma relação tão completa quanto a primeira e que parece misturar dons espirituais com dons ministeriais (até porque o texto não é específico com relação aos dons espirituais como é o anteriormente mencionado). Mesmo se levarmos em consideração apenas a relação de I Coríntios, não podemos nos esquecer de que um dos itens da relação fala dos "dons de curar" (I Co.12:9), dando a entender, portanto, que há mais de um dom de curar, o que torna, também, precário o entendimento de que os dons espirituais sejam apenas nove. Assim, não podemos afirmar com respaldo bíblico que somente haja nove dons espirituais. Entretanto, tal posição bíblica não pode servir de base para que se adicionem outros dons de modo aleatório e sem qualquer respaldo Bíblico, manifestações que, no mais das vezes, não se coadunam com os propósitos e finalidades dos dons espirituais, cuja presença na igreja, inevitavelmente, trará confirmação da pregação do Evangelho, edificação espiritual, consolação, exortação e um maior envolvimento da igreja local com o Senhor e a Sua obra.
Com base na Leitura Bíblica de 1 Co 12:8-10 podemos dividir os dons espirituais em três categorias, a saber:
A) Dons que manifestam o SABER de Deus, ou dons da ciência - são dons dados pelo Espírito Santo para que as pessoas revelem mistérios ocultos aos homens, com a tomada de atitudes e condutas que evidenciem que Deus sabe todas as coisas e que nada Lhe fica oculto. São evidências da onisciência divina no meio do Seu povo. São eles:
A. 1)A palavra da sabedoria (1 Co 12.8). É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que dêem, em ocasiões especiais e de forma sobrenatural, palavras orientadoras e que nos fazem sair de situações difíceis. A sabedoria, aqui, é a habilidade de agir ou falar em conformidade com a razão e a moral, com prudência e experiência de vida, com sensatez e equilíbrio. Trata-se não só de uma pessoa que tenha conhecimento (o que é “erudição”), nem tampouco da pessoa que demonstra criatividade e, diante dos recursos existentes, consegue construir algo que lhe dá o máximo de aproveitamento da oportunidade surgida (o que é “inteligência”), mas, sobretudo, a capacidade de associar os recursos, o ambiente, a situação para dela se obter o máximo proveito, não só para si, mas, principalmente, para a glória do nome do Senhor. A sabedoria, como as Escrituras informam, é algo que está além da razão humana, vem diretamente de Deus e tem no temor ao Senhor o seu princípio (Sl.111:10a). É um dom necessário ao pastoreio, na administração e liderança.
A.2)A palavra da ciência (1 Co 12.8). É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que tenham conhecimento sobrenatural de coisas. Sem que haja qualquer comunicação natural a respeito de um fato, o Senhor permite ao servo portador deste dom que tenha acesso a fatos e as ocorrências que estavam ocultas, com o propósito único e exclusivo de edificar, exortar e promover o crescimento espiritual de alguém. Vemos, pois, que nada há, neste dom, que o nivele a um mero exercício de adivinhação, como, lamentavelmente, se tem disseminado em muitos lugares. A adivinhação não passa de uma imitação fajuta e irrazoável deste dom, no mais das vezes sendo pura operação maligna (At.16:16), vez que tal prática é abominável aos olhos do Senhor (Lv.20:27; Ez.12:24).
A.3)Discernir os espíritos (1 Co 12.10). É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que identifiquem operações espirituais em acontecimentos e fatos do cotidiano. Por intermédio deste dom, percebemos o aspecto espiritual envolvido nas mais diversas e simples ocorrências do dia-a-dia, não nos deixando cair nos laços do adversário, bem como nos precavendo até aquele grande dia, cuja proximidade também é resultado do nosso discernimento espiritual. É importante observar, como vimos na lição 13 do trimestre anterior, que o dom do discernimento é uma identificação súbita e momentânea, numa determinada situação, da operação espiritual, não se confundindo com o discernimento corriqueiro que todo cristão deve ter, por estar em comunhão com o Senhor e ter em si o Espírito Santo que o orienta a cada dia.
B) Dons que manifestam o PODER de Deus - são dons dados pelo Espírito Santo para que as pessoas efetuem demonstrações sobrenaturais do poder divino, com a realização de milagres, de maravilhas e de coisas extraordinárias, que confirmem a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua presença no meio da igreja. São evidências da onipotência divina no meio do Seu povo.
B.1) Fé (1 Co 12.9). É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que alguém tenha uma fé especial, pela qual se fez, num instante, algum sinal ou prodígio específicos. Esta fé extraordinária, que se aproxima daquela do “grão de mostarda” de que disse Jesus (Mt.17:20), permite a realização de algo igualmente inexplicável por parte do cristão, num momento, para a glorificação do nome do Senhor.
B,2) Dons de curar (1 Co 12.9). Literalmente, "dons de curas". São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura das doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos. Não devemos confundir os dons de curar com o sinal de cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a confirmação da pregação do Evangelho. Os dons de curar são repartidos pelo Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que, na operação de cura, Deus Se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
B.3) Operação de maravilhas (1 Co 12.10). São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus, para despertar e convencer os incrédulos. É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que eles operem milagres, operações sobrenaturais distintas da cura de enfermidades. A Bíblia ressalta que, pelas mãos de Paulo, maravilhas extraordinárias eram realizadas (At.19:11). O milagre ou maravilha é um acontecimento cuja explicação foge à razão humana, é uma intervenção divina direta no curso das coisas, que contraria as próprias leis naturais.
C ) Dons que manifestam a MENSAGEM de Deus, ou dons de locução ou de fala ­­­- são dons dados pelo Espírito Santo para que as pessoas sejam instrumentos da voz do Senhor, para que o Espírito Santo demonstre que Se comunica com o Seu povo. São evidências da onipresença divina no meio do Seu povo, uma presença que nos faz descansar e que nos traz edificação.
C.1)Profecia (1 Co 12.10). É um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo Espírito, para a edificação, exortação e consolação do povo de Deus (1 Co 14.3). A profecia é uma demonstração de que Deus está conosco a todo instante e que compartilha de nossos sentimentos, fazendo questão de lhos manifestar para que, sentindo a Sua compaixão, ajamos de acordo com a Sua vontade. A profecia, também, é uma forma de os incrédulos perceberem a presença de Deus e, ante esta percepção, terem o devido temor, que poderá lhes levar à conversão (I Co.14:22-25). Além do mais, como já dissemos supra, a profecia é necessária para impedir a corrupção do povo de Deus. Apresenta-se, assim, como uma verdadeira manifestação de alívio e de descanso ao crente que, revigorado pela profecia, tem alento para prosseguir na sua caminhada rumo ao céu.
C.2)Variedade de línguas (1 Co 12.10). É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que falem em línguas estranhas, de forma sobrenatural, para o fim de edificação própria de quem fala. É o dom mais disseminado no meio do povo de Deus, até porque é, também, aquele que é mais buscado.
O dom de línguas não se confunde com o sinal do batismo com o Espírito Santo. O sinal do revestimento de poder é o falar em línguas estranhas, mas o dom de variedade de línguas é algo diverso, pois se trata de uma comunicação que se estabelece em mistério entre Deus e o homem, uma comunicação direta do espírito humano com o Espírito de Deus, tanto que o intelecto humano dele não participa. Sua finalidade, como vimos, é promover a edificação espiritual individual daquele que fala.
C.3)Interpretação das línguas (1 Co 12.10). É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que interpretem as línguas estranhas faladas por eles ou por outros, para o fim de que a mensagem edifique também a igreja e não apenas quem está falando em línguas. Não se trata de "tradução de línguas", mas de "interpretação de línguas". Tradução tem a ver com palavras; interpretação com mensagem. É, por isso, que o apóstolo Paulo aconselha que quem tem o dom de variedade de línguas busque o dom de interpretação (I Co.14:13), pois, assim fazendo, a sua edificação individual se tornará coletiva, além do que seu entendimento também será enriquecido com a sua edificação espiritual. Partir-se-á de uma operação íntima, da qual nosso intelecto não participa, para uma operação que trará fruto para a igreja e para a própria alma do que fala em língua estranha.
Entretanto, é com pesar que verificamos que este dom é um dos que menos se apresenta na igreja na atualidade, o que causa grande prejuízo espiritual. Se hoje muitos se surpreendem com o fato de grupos idólatras estar falando em línguas estranhas e se existe muita mistificação e falsificação do dom de línguas nas nossas próprias igrejas locais, na atualidade, isto se deve, em grande parte, a esta negligência na busca do dom de interpretação de línguas, pois se o dom de interpretação estivesse tão ativo quanto o dom de variedade de línguas, identificaríamos as falsificações e as imitações demoníacas não causariam tanto abalo na fé de muitos como têm causado.
Observamos, portanto, que cada dom espiritual tem uma finalidade específica no meio do povo de Deus, tem um propósito, que é o de dar condições para que o crente prossiga a sua jornada em direção a Jerusalém celestial. Tem-se, portanto, no exercício dos dons espirituais, uma inequívoca demonstração do poder de Deus (I Co.2:4), mas sem qualquer oportunidade de exibicionismo ou de glorificação humana, mas única e exclusivamente para a glória de Deus e para pregação do Cristo crucificado (I Co.2:2). É com base nesta peculiar circunstância que podemos identificar e repudiar todas as inovações que hoje contagiam muitas igrejas locais, em especial os “novos dons” e a tão desejada e nunca explicada “nova unção”.
Observamos que, na relação dos dons espirituais, não há o chamado “dom de revelação” ou “dom de visão”, “dons” que são constantemente mencionados e considerados no meio de alguns integrantes do povo de Deus que não têm o costume de ler e meditar na Palavra de Deus. O “dom de revelação”, na verdade, é o dom da palavra da ciência, não podendo ser confundido, como já dissemos, com verdadeiras adivinhações que têm perturbado o povo de Deus nos nossos dias. Deus não tem qualquer propósito de fazer com que alguns de Seus servos sejam “adivinhos”, pois Ele abomina a adivinhação, que é típica operação maligna. A revelação de fatos ocultos tem tão somente o propósito de edificar o povo de Deus, jamais de envergonhar quem quer que seja. Já o chamado “dom de visão” não tem qualquer respaldo bíblico. É verdade que existe a operação de visão, uma operação divina em que Deus mostra algo para algum servo Seu, mas também com o propósito de proporcionar a edificação de quem vê ou da igreja, jamais para devassar a intimidade ou envergonhar alguém.
2. Dons espirituais de ministérios práticos (Rm 12.6-8). Além dos dons espirituais propriamente ditos, que são manifestações do poder de Deus, momentâneas e esporádicas, para edificação, exortação e consolação dos crentes, o Espírito Santo, também, concede à Igreja os chamados “dons de serviço” ou “dons assistenciais”, ou ainda,“dons espirituais para ministérios práticos”, que são dádivas concedidas para o exercício contínuo dos crentes, mediante ações que gerem boas obras para a glorificação do nome do Senhor (Mt.5:16). A relação de Rm.12:6-8 envolve sete dons, dos quais analisaremos apenas os seis considerados “assistenciais”, visto que a profecia, como já dissemos, embora esteja na lista, deve ser considerada ou um dom espiritual propriamente dito, ou um dom ministerial.
a) Ministério (Rm 12.7). Consiste na “…disposição, capacidade e poder, dados por Deus, para alguém servir e prestar assistência prática aos membros e aos líderes da igreja, a fim de ajudá-los a cumprir suas responsabilidades para com Deus (cf. At.6:2,3)…” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, nota a Rm.12.7, p.1722). Nos dias em que vivemos, onde muitos só querem “ser cabeça e não cauda”, a disposição para ser ajudante, assistente, adjunto, coadjutor é muito pequena entre muitas pessoas. No entanto, quando vemos a biografia dos grandes homens de Deus, sempre verificamos que eles não estavam sós e que seus ministérios dependiam, sempre, de pessoas que estavam dispostas a ajudá-los. Moisés tinha Arão, Hur e Josué; Davi, Joabe, Abisai e seus valentes; Salomão, uma equipe ministerial de primeira linha; Elias, Eliseu e Eliseu, por sua vez, o seu moço; Jeremias, Baruque e o próprio Senhor Jesus, os discípulos, incluídas aí as mulheres que acompanhavam Jesus em Seu ministério (Lc.8:3). Saibamos valorizar aqueles que ajudam e os que são chamados a ajudar não se sintam menosprezados, pois seu papel é fundamental para o sucesso daquele que é ajudado.
Àqueles que são chamados para servir, para ajudar, manda o apóstolo que, efetivamente, ajudem, que sirvam, que auxiliem. É com tristeza que temos verificado, a cada dia, que, nas igrejas locais, aqueles que são postos como auxiliares não o fazem, ostentam apenas uma denominação de “vice-superintendente”, “professor assistente”, “segundo secretário”, “segundo tesoureiro”, “regente auxiliar”, “vice-líder” e assim por diante, mas que, no momento da ajuda, não comparecem, não são assíduos e não demonstram sentido algum de responsabilidade, justificando que “estão ali apenas para ajudar, se for necessário”, confundindo ajuda com substituição. Paulo é bem claro ao mostrar que os que têm o dom de ministério devem fazê-lo, ou seja, devem estar dispostos a ajudar, a auxiliar, não apenas substituir na falta ou na impossibilidade. Ajudar não é substituir, muito menos suceder, mas estar ao lado e disposto a fazer o que for necessário, mesmo na presença de quem é o responsável. Será que temos cumprido o encargo da ajuda?
b) Ensinar (Rm 12.7). É o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer e a entender. Não confundir com o ministério de ensino de Efésios 4.11 e Atos 13.1.
Este dom é “…a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente examinar e estudar a Palavra de Deus, e de esclarecer, expor, defender e proclamar suas verdades, de tal maneira que outras pessoas cresçam em graça e em piedade…” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, nota a Rm.12:7, p.1722). O ensino foi posto pelo Senhor Jesus ao lado da evangelização como tarefa primordial da Igreja sobre a face da Terra (Mt.28:19,20), até porque o ministério terreno de Cristo pode ser resumido a duas tarefas: fazer e ensinar (At.1:1). Isto nos mostra como é importantíssimo este dom ministerial na Igreja, pois a falta de conhecimento gera a destruição do povo (Os.4:6). Não é por outro motivo que não se concebe que alguém seja separado para o episcopado sem que tenha condições para ensinar (I Tm.3:2), característica que sempre deve existir na vida de um obreiro (II Tm.2:24).
Infelizmente, muitos são os ministros que não têm aptidão para o ensino, o que é uma lástima e um retrocesso na igreja, algo que não se pode justificar com o crescimento quantitativo e que, por causa do descaso para com o ensino, jamais poderá se tornar em crescimento qualitativo do povo de Deus. A falta de ensino leva à destruição do povo de Deus e é preciso acordarmos para isso. As heresias e os modismos têm encontrado guarida em nosso meio por causa deste menosprezo a que tem sido relegado o ensino em nossas igrejas locais. Despertemos enquanto é dia, antes que seja tarde demais!
c) Exortar (Rm 12.8). Exortar aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, incentivar, estimular, animar, consolar, unir pessoas separadas, admoestar. Na vida terrena, temos, sempre, aflições, como nos disse o Senhor Jesus, mas é necessário que tenhamos sempre bom ânimo. Este ânimo é dado pelo Senhor e, portanto, é fundamental que as pessoas a quem o Senhor tem concedido este dom o exercitem, de modo a impedir que os crentes sejam tomados pelo desânimo, em especial nos instantes de aumento da iniqüidade como os vividos pela Igreja neste período imediatamente anterior à vinda do Senhor.
O bom ânimo, a disposição é fundamental para que se faça algo na obra do Senhor. Quem nos mostra é o próprio Deus, que deu palavras de ânimo a Josué antes que se iniciasse, efetivamente, a sua gestão diante do povo de Israel(Js.1:6), como também o conselho que Davi, homem segundo o coração de Deus, ministrou a seu filho Salomão, pouco antes de morrer e após ter mandado aclamá-lo como novo rei sobre Israel(I Cr.22:13; 28:20) ou palavras de Jesus em algumas ocasiões (Mt.9:2,22; Mc.6:50; Lc.8:48). Paulo, mesmo, usou deste dom no retorno às igrejas que fundara ao término da sua primeira viagem missionária (At.14:22).
d) Repartir (Rm 12.8). O sentido é doar generosamente, oferecer; distribuir aos necessitados sem esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo Espírito. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência,humanitarismo, filantropia, altruísmo.
Jesus disse que sempre haveria pobres sobre a face da Terra (Jo.12:8), não fugindo desta realidade nem mesmo aqueles que pertencem à igreja, como nos mostra o episódio que levou à criação do diaconato (At.6:1-3). Desde o início da história da igreja, havia aqueles que padeciam de necessidades para sobreviver (cf. At.2:45; 4:35). Se é verdade que Deus tem promessa de que o justo não será desamparado e que sua descendência não mendigará o pão (Sl.37:25), isto se deve, em grande parte, ao fato de que o Senhor, na igreja, proporciona aqueles que repartem o que têm com quem tem necessidade.
A função de assistência social na Igreja é uma das suas pedras de toque e, sem dúvida, uma das formas mais poderosas de demonstrarmos, ao mundo, a nossa diferença e o amor de Deus que está em nossos corações.
O apóstolo Paulo determina que a repartição se dê com liberalidade, de modo generoso, sem mesquinhez, sem avareza. Além de termos poucos repartidores na atualidade, quando este dom é encontrado, está muito aquém da medida recalcada e sacudida, que é a forma como Deus nos abençoa (Lc.6:38). Já imaginaram se Deus fosse tão mesquinho conosco como, às vezes, temos sido na ajuda aos necessitados?
e) Presidir (Rm 12.8). Aqui, o apóstolo fala-nos do governo na igreja, mostrando que, apesar de Cristo ser a cabeça da igreja, Ele constitui servos Seus para presidirem sobre o Seu povo.
Infelizmente, muitos, nos nossos dias, não se comportam segundo este modelo bíblico. Presidem como se fossem verdadeiros soberanos do mundo, querendo que tudo e todos estejam à sua disposição, criando estruturas que não diferem em coisa alguma das estruturas dos que “…julgam ser príncipes das gentes, [que] delas se assenhoreiam e os seus grandes usam de autoridade sobre elas” (Mc.10:42). Acham que têm domínio sobre o rebanho, esquecendo-se que este rebanho é de Deus (I Pe.5:3), comportamento que leva a uma série de distorções e desvios, com enorme prejuízo espiritual.
Na “presidência”, o dirigente da igreja local deve agir sempre com cuidado (Rm.12:8), até porque está a tratar e administrar algo que não lhe pertence, que é a Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Por causa deste cuidado, deve, como afirma o apóstolo, admoestar os crentes, ou seja, é preciso que os dirigentes das igrejas locais advirtam, instruam os crentes. A primeira e principal tarefa do “governante” é o de ensinar o povo, de adverti-lo a respeito de como deve agir enquanto aguarda Jesus. Todo “governante” deve ser, antes de mais nada, um mestre e é por isso que um dos requisitos para a separação de obreiros é o da aptidão para ensinar (I Tm.3:1). Lamentavelmente, nos nossos dias, cada vez mais pessoas despreparadas têm sido, imprudentemente, conduzidas à frente de igrejas locais (quando não se conduzem a si próprias), causando enormes prejuízos para o trabalho de evangelização e de aperfeiçoamento dos santos, em suma, para o trabalho da igreja.
A função do “governante” da igreja local, portanto, é estar à frente do povo, é ser o primeiro dos crentes na linha de combate contra o pecado e contra o mal.
 “Presidir”, portanto, não é dominar sobre o povo, mas estar à sua frente, ensinando-lhe por onde e para onde deve ir. Por isso, Pedro adverte os presbíteros para que não agissem como se tivessem domínio sobre a herança do Senhor (I Pe.5:3).
f) Exercitar misericórdia (Rm 12.8). É o dom de transformar em ações, em atitudes concretas o bem que desejamos a alguém. Misericórdia é o amor posto em ação, é a bondade tornada em ação concreta. Como diz o apóstolo Tiago, como podemos dizer que amamos alguém se não suprimos as suas necessidades (Tg.2:14-17), pois o amor não é amor de palavras, mas amor de obras (I Jo.3:16-18).
A prática da bondade é um elemento indispensável na vida do crente, que deverá fazê-lo não só individualmente, como mostra o testemunho eloqüente de Barnabé no livro de Atos dos Apóstolos, como também coletivamente, como dão exemplo robusto as igrejas locais dos tempos apostólicos, seja a igreja de Jerusalém, sejam as igrejas em Corinto, na Acaia, ou na Macedônia. O próprio Jesus, em Seu ministério, tinha um grupo de pessoas que cuidavam dos pobres, tanto que havia uma bolsa, que ficava a cargo de Judas Iscariotes, para esta finalidade (Jo.12:4-8).
O exercício do dom de misericórdia deve ser feito com alegria. De nada adianta gastarmos todas as nossas finanças em benefício dos pobres ou necessitados ou, mesmo, horas a fio de nosso tempo, para ouvir as pessoas, dar-lhes companhia e conforto, se o fizermos por obrigação, por necessidade, sem alegria, sem prazer. Qualquer doação material feita por necessidade é apenas um gasto, uma despesa, sem qualquer valor na dimensão espiritual, como também o uso de horas numa “obra de misericórdia espiritual” nada mais será que perda de tempo. Se, porém, fizermos com alegria, seremos agradáveis ao Senhor, porque Ele ama a quem dá com alegria (II Co.9:7).
3. Dons espirituais na área do ministério. Esses dons são enumerados em Efésios 4.11 e 1 Coríntios 12.28, 29, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.São os dons Ministeriais propriamente dito.
Esses dons ministeriais têm, por finalidade, trazer maturidade espiritual aos crentes, prepará-los convenientemente para o exercício das tarefas cometidas pelo Senhor a cada um deles. Os dons ministeriais, ao contrário dos dons ditos “assistenciais”, visam criar condições nos outros crentes para que eles, sim, exerçam o dom “assistencial” que recebeu do Espírito Santo.
Devemos distinguir os dons ministeriais dos “títulos ministeriais” ou dos “cargos eclesiásticos”. Nos nossos dias, muitos têm confundido estas duas coisas, que são completamente diferentes. O dom é uma dádiva de Cristo, é um dom que vem diretamente do Senhor para o crente, dom este que é percebido pelo crente através da comunhão que tem com Deus e pela presença do Espírito Santo na sua vida e que independe de qualquer reconhecimento humano, mesmo da igreja local. Já os “títulos ministeriais” e os “cargos eclesiásticos”, são posições sociais criadas dentro das igrejas locais, posições estas que, em sua nomenclatura, muitas vezes estão baseadas na relação de Ef.4:11, como a indicar que o seu ocupante tem o referido dom ministerial, mas que, nem sempre, corresponde a este dom. Como a igreja local, via de regra, é também uma organização humana, acabam sendo criados “títulos” e “posições” com o propósito de esclarecer a hierarquia administrativa, a própria estrutura de governo da organização eclesiástica, dados que, se apenas refletem uma necessária ordem que deve existir em todo grupo social, nada tem que ver, a princípio, com os dons ministeriais.
São cinco os dons elencados em Ef 4:11, a saber:
a) O dom Ministerial de “Apóstolo” – A palavra apóstolo” significa “enviado”, nome pelo qual se designaram os doze integrantes do grupo mais próximo a Jesus, pessoas que foram especialmente chamadas pelo Senhor para dirigir o início da obra da evangelização do mundo (Mc.3:13-15). Nota-se, portanto, que o dom ministerial de apóstolo tem a ver com o desbravamento do trabalho evangelizador da Igreja, com o estabelecimento das bases para a evangelização de uma parte do mundo.
Sendo um dom ministerial, uma operação de Cristo, feita pelo Espírito Santo, na igreja, temos de admitir que se trata de um dom que persiste nos nossos dias, mas não devemos nos esquecer que o dom de apóstolo nada tem que ver com os “títulos” que se têm dado na atualidade e que, se alguma base bíblica tem, só pode ser a referência de II Co.11:13.
 “…no NT o termo [apóstolo, observação nossa] se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (…). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do evangelho(…). Eram homens de fé e de oração, cheios do Espírito.(…). Apóstolos, no sentido feral, continuam sendo essenciais para o propósito de Deus na igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor…” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Dons ministeriais para a igreja (estudo). p.1814).
b) Dom ministerial de PROFETA - Quando se fala em profecia, é preciso distinguir, em primeiro lugar, o sentido que assume esta palavra nas Escrituras, porquanto temos, ao longo da história da salvação, três manifestações distintas sob este nome, a saber, o ofício profético, o ministério profético e o dom espiritual de profecia (este último já estudado no item I.C).
O ofício profético inicia-se, segundo alguns, com Abraão, que é a primeira pessoa denominada de profeta nas Escrituras (Gn.20:7), mas que, segundo outros estudiosos da Bíblia, este ofício fora iniciado com Enoque, vez que Judas menciona ter ele profetizado (Jd.14). O ofício profético teve como característica principal o da revelação progressiva do plano de Deus para com o homem. O profeta era o porta-voz de Deus, aquele que revelava o desconhecido à humanidade, o propósito divino para a restauração do homem. Neste sentido, o ofício profético durou até João (Mt.11:13), pois, com a vinda de Cristo, o próprio Deus Se revelou ao homem, de forma plena e integral (Hb.1:1). São, pois, totalmente espúrias e sem qualquer respaldo bíblico a aparição de novos profetas, que nada mais são que falsos profetas, como é o caso de Maomé, Joseph Smith, Reverendo Moon e tantos quantos se disserem complementadores da revelação de Cristo ao mundo.
O ministério profético, por sua vez, foi instituído por Cristo (Ef.4:7,11), para a Igreja, com o propósito de ser o porta-voz de Deus não mais para a revelação do plano de Deus ao homem, mas para trazer mensagens divinas ao Seu povo no sentido de encorajar o povo a se manter fiel à Palavra e para nos fazer lembrar as promessas contidas nas Escrituras. No Novo Testamento, o profeta não irá acrescer nada do que foi revelado e se completou no ministério de Cristo, mas trará informações e palavras que confirmam o que já foi revelado. Ao vermos os profetas do Novo Testamento, sempre verificamos o propósito divino de manter os crentes firmes e certos de que o Senhor está no controle de todas as coisas, para o fim de velar sobre a Sua Palavra para a cumprir. É o que se vê em At.11:28 e 21:11.
c) O dom Ministerial de Evangelista - é o dom de ganhar almas para Cristo e de instruí-las nas doutrinas fundamentais da vida espiritual (Hb.6:1,2), a fim de que, superada a fase inicial, possam prosseguir por conta própria na caminhada para o céu. A principal característica do evangelista é, portanto, a de que é um instrumento de Deus para trazer as pessoas ao encontro pessoal com Cristo e de criar as condições mínimas para a estruturação da vida espiritual. É o anunciador das boas-novas da salvação, aquele que está na linha de frente do “ide” de Jesus.
d) O dom Ministerial de PASTOR - é o dom de apascentar o rebanho do Senhor, ou seja, de cuidar e acompanhar o desenvolvimento espiritual dos crentes até o dia do arrebatamento da Igreja ou da promoção do crente para a glória. O pastor não é o dono do rebanho (I Pe.5:2), que pertence a Deus, devendo cuidar dele, levando-o a ter uma boa alimentação, mediante a exposição da Palavra de Deus, que é o alimento espiritual, bem assim apontando a direção que os crentes devem caminhar, utilizando-se, para tanto, da vara, que, ao contrário do que se pensa, não é um instrumento para ferir ou castigar a ovelha, mas um mecanismo pelo qual o pastor encaminha a ovelha para o caminho certo, sem falar que também serve para medir a ovelha e, assim, aferir a sua saúde e desenvolvimento. Além disto, o pastor, também, deve usar o cajado, que é um instrumento feito para retirar a ovelha dos “becos sem saída” da vida, dos lugares aonde foi e de onde não consegue sair por força própria. O pastor, por fim, é alguém que deve mostrar aos demais crentes a sua fé e a sua maneira de viver, a fim de que elas sejam imitadas pelos demais (Hb.13:7).
e) O dom Ministerial de Mestre ou Doutor - é o dom de ensino do povo de Deus, dom qque, a um só tempo, se constitui tanto em um dom assistencial, como vimos supra, como também em um dom ministerial propriamente dito, o que mostra a sua importância, vez que tanto é uma tarefa que deve ser levada a efeito pelo seu portador, como também dá condições a que os demais cresçam espiritualmente. É importante salientar que o texto sagrado fala do dom de Mestre em conjugação com o dom de Pastor, a nos indicar que quem tem o dom de pastor terá, necessariamente, o de mestre, embora o contrário possa não se dar. Por isso, um dos requisitos para a separação ao ministério é o de ser apto para ensinar (I Tm.3:2.
III - CONCLUSÃO
A posse dos dons espirituais é, sem dúvida, uma grande bênção que Deus nos dá, é mais um talento concedido pelo Senhor aos Seus servos, é mais uma ferramenta que é colocada à disposição da Igreja através de um vaso escolhido. Indubitavelmente, devemos, como servos do Senhor, buscar os dons espirituais, pois eles indicam que há um crescimento espiritual do seu detentor, mas por vontade e misericórdia de Deus, para a Sua glorificação e a edificação espiritual do povo de Deus, que é a menina dos olhos do Senhor (Zc.2:8). Quem recebe um dom espiritual deve estar consciente que, em razão deste dom, não foi feito melhor dos que os demais irmãos, mas, bem ao contrário, foi-lhe dada uma responsabilidade ainda maior, de forma que deverá, sempre, usar este dom conforme a vontade do Senhor e de acordo com as Escrituras, pois deve sempre exercer este dom para a glória do nome do Senhor. O dom deve ser usado livre de escândalos, engano, falsificação, mas dentro da decência e da ordem que a Palavra de Deus preceitua (1 Co 14.26-40).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD/Assembléia de Deus –Ministério Bela Vista/Fortaleza-CE.
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Fonte de Pesquisa: PORTAL EBD - Comentário Bíblico do Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco, Prof Antonio Sebastião da Silva; Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia De Estudo Pentecostal. Revista Ensinador Cristão.


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